Ja fazia muito tempo que eu nao escrevia. E nessas voltas da vida é que eu percebi que, escrever para mim, significa mais do que ser vista, ser lida, ser compreendida. Escrever, pra mim, sempre foi e sempre será uma terapia. É com tristeza que tenho que admitir , que o adulto que eu me tornei, que me torno, não guarda mais tempo para o sagrado, para o íntimo, para o divino. Esse adulto, tem problemas demais, e as vezes parece respirar deles. Como se fosse o ar, como se não houvesse saída, como se fossem realmente os maiores problemas do mundo. E não, não são. São na verdade minúsculos, ridículos, banais. Mas existem, e dentro de mim, acabaram virando monstros.
É isso, hoje eu estou combatendo um monstro. Amanhã, quem sabe outro. E um dia, quem sabe, eu volte a ver em mim alguem de quem eu me orgulhe de verdade.