domingo, 16 de dezembro de 2012 | By: Thuane

Metade de mim é o que eu grito,

Mas as outra metade é silencio...

De repente, os quadros viraram sombras a sorrir no vazio da sala, sem mais aroma, sem outros risos, querendo dizer daquilo que eu tentava esconder. Aquela velha melancolia que eu carregava comigo, inutil, inexplicável, e que vez ou outra aparecia apenas para me lembrar de quem eu era. Me lembrar que na correria dos dias, eu estavam deixando muitos espaços vazios, e que eu sabia disso. E vinha, carregada como sempre, do meu próprio cinismo. Das centenas de recriminações e culpas que eu criava porque achava que amar era pecado, que amar além do muro, além do que se via e permitia era ruim. Amor sincero, afeição pura. Tanta culpa,  tanto medo do que podia parecer. Tanto medo.
As paredes gritam em tantos romances lidos, e hoje...ah hoje eu entendo. Acredito, no meu mais intimo pensamento que os vazios se comunicam, se entendem. Tem alguém escutando ai...?

1 comentários:

Sentinela da noite disse...

Sim eu escuto e compreendo. E afirmo que o vazio persegue o ser humano durante toda a sua vida, mas isso só será ruim se não buscarmos preenchê-lo. E para conseguir isso basta nos encontrarmos com nós mesmos, resgatando o que de melhor há em nós, a nossa essência divina. Quando tiver saudade de andar na chuva, ande. Quando tiver vontade de abraçar alguém abrace. Quando as lágrimas quiserem escorrer pela sua face, chore. Quando lembrar daquela canção antiga, cante. E cante alto. Deixe o que de melhor existe em você apareer, ouça seu coração. E lembre-se: ninguém está sozinho. Sempre haverá alguém para te escutar.

Postar um comentário